A pasta do Espaço da Diversidade, da SMED/ Alvorada, esteve presente no evento que se realizou na noite de quinta-feira (12) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul na audiência pública para debater a violência de Policiais Militares contra jovens negros no RS, onde os participantes repudiaram qualquer tipo de discriminação, que a comissão de cidadania e direitos humanos (CCDH), continuará debatendo a questão e acompanhando os inquéritos policiais instaurados.
Através da presença da Prof.ª Maria de Lourdes Santos da Silva, Diretora Geral do Espaço e da Prof.ª Rita de Cássia Machado, assessora do Espaço que prestigiaram o evento, em solidariedade, já que a principal razão da existência do setor, em nosso município é pelas lutas de igualdade e contra as discriminações, sejam elas religiosas questões de gênero e raciais, bandeiras levantadas desde 2005, ano de criação do Espaço.
Coordenada pela deputada Ana Affonso (PT) a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos destacou que todos os temas que tocam a questão dos Direitos Humanos tem acolhimento na CCDH, que foi pioneira nos parlamentos estaduais brasileiros. Para a deputada o racismo está institucionalizado e a questão precisa ser melhor enfrentada também pela instituição Brigada Militar. Ela ressaltou a importância da formação dos integrantes da corporação em conteúdos de direitos humanos como forma de humanizar todo o processo de abordagem realizada pelos policiais militares.
A manifestação ocorreu em virtude do caso que envolve o estudante Helder Souza Santos, agressão sofrida na cidade de Jaguarão em fevereiro deste ano, ficando claro que é necessário criar uma nova relação entre as estruturas de segurança pública doEstado e todas as comunidades que compõem a sociedade gaúcha para combater um sistema que, historicamente, persegue os negros.
A Prof.ª Maria de Lourdes salientou como representante do município de Alvorada, que infelizmente este caso não é único e que as punições aos envolvidos devem passar da esfera administrativa, que no seu entender continuam machucando muito milhares de jovens negros em nosso Estado. Pensa que, a nível estadual e municipal devem ser revistas as questões de segurança pública, como a criação de um programa, com contribuição do movimento negro e de outros segmentos da sociedade civil, além de estabelecer a conexão entre as situações de diversidade com a vida cotidiana nas salas de aula, combatendo-se assim posturas etnocêntricas para a desconstrução de estereótipos e preconceitos atribuídos ao povo negro.
Texto: Prof. Bruno Zarzana Lopes.
Foto: Prof.ª Rita de Cássia Machado.
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